quarta-feira, 15 de novembro de 2006

a grande árvore

Em nossa primeira reunião em grupo estávamos perdidos. Não muito diferente do resto da sala. E realmente não é fácil entrar em um consenso quando se tem nove pessoas em um só grupo e temos que escolher uma instituição de caridade para ajudar. Alguns achavam mais interessante trabalhar com idosos nos asilos, outros preferiam a simplicidade das creches. Eu sugeri algo mais ousado como Alcóolatras Anônimos, e até foi cogitada a idéia de irmos à APAE. Foram discutidos vários aspectose chegamos a conclusão que seria difícil organizar um grupo de nove pessoas para fazer algo muito complexo, e após uma votação decidimos ir a uma creche. Descobrimos que a tia do Gabriel, era coordenadora de uma creche, e entramos em contato para saber os horários de funcionamento para podermos marcar uma visita. A primeira ida pra Creche Maria de Nazaré foi realizado por uma pequena parte do grupo. A idéia era fazer uma primeira visita com poucos integrantes para saber como era a creche. Analisar o espaço que poderíamos usar e tudo mais. E tudo correu bem ou até diferente do que era esperado. E assim foi nossa primeira visita à instituição. Na aula seguinte do Baiano discutimos sobre as atividades que poderíamos levar na nossa segunda visita. Foi muita discussão e por muitas vezes quase acabou em briga. No início tivemos muitas idéias. Pensei numa gincana qem vencedores. Dividiríamos as crianças em quatro grupos e faríamos quatro atividades diferente em cada um dos quatro e enquanto isso eles estariam em rotação pra que todos fizessem todas as atividades. Pensamos em uma das atividades ser uma historinha onde cada criança contaria um pouquinho, e assim iríamos formando uma história completa, engraçada e cheia de criatividade. Infelizmente a idéia não foi levada a frente pois o Arthur Moraes achou que os garotos eram tímidos demais e alguns muito novos, o que impossibilitaria a execução da atividade. Nos reunimos, mais uma vez, na casa do João Paulo, dois dias antes de irmos à creche. Discutimos exatamente o que faríamos. As músicas, as atividades e etc. Decidimos que o objetivo principal da nossa visita seria dividir as crianças em quatro grupos, e entregar a cada grupo uma cartolina com o esboço de um pedaço de uma árvore de Natal. Eles iriam se divertir colorindo e desenhando na árvore e no final uniríamos as quatro cartolinas e formaríamos uma grande árvore de Natal para presentarmos as crianças. Foi uma reunião produtiva onde decidimos praticamente tudo e ficamos tranquilo para o nosso segundo encontro com as crianças. E foi tudo incrivelmente divertido! As crianças gostavam muito de colorir e correr. E foi neste momento que eles se soltaram totalmente e se esqueceram da timidez. O Arthur Lemos fez sucesso com grande parte da garotada. O Rubens não ficou pra trás. Todos os meninos e meninas pediam para ser carregados por eles e faziam até fila. Ao final de tudo a árvore ficou muito legal e com uma marca de cada um. Deixamos lembranças nossas e tentaremos voltar mais vezes! Arthur Prado.

quarta-feira, 8 de novembro de 2006

um dia de cão

Há mais ou menos dois anos eu comecei a me identificar com as atividades teatrais, porém venho exercendo integralmente apenas há um ano. E ontem eu pude pela primeira vez protagonizar uma peça, na verdade um musical: OS SALTIMBANCOS. Fiquei muito feliz desde que fui convidado a participar, pois é uma das obras infantis que mais apreciei durante minha infância e até hoje aprecio. A história dos quatro animais, o Jumento, o Cachorro, a Galinha e a Gata não é só mais uma história de bichinhos pra alegrar as crianças. É uma obra cheia de metáforas sócio-políticas que agrada a pessoas de todas as idades de uma forma quase inocente e bem humorada.
Foi bom trabalhar com um número reduzido de pessoas, já que a peça envolvia apenas os quatro protagonistas animais e o coral(+/- quinze pessoas). Os quatro animais parece que foram escolhidos a dedo, como disse a tecladista Elza, pois foi incrível o tanto que ficou bem representado e caracterizado cada personagem. Foi bom trabalhar canda ensaio. Cada ensaio cheio de piadas, momentos divertidos, momentos sérios, broncas e risadas. Fiz novas amizades e recordei antigas durante o mês que ensaiei junto ao grupo.
Os solistas já tinham uma intimidade com o palco tendo em vista que todos fazem ou fizeram teatro. Algumas pessoas do coral, não se sentiram totalemnte seguros no começo. Foi difícil fazer todos se desonctraírem no ritmo dos animais. O mais difícil foi fazer eles pararem de assistir e estar na cena! Mas nada que a dedicação dos ensaios não tenha resolvido. Ensaios cansativos de duas horas ou mais de duração... Era coisa de louco. Mas também é muito difícil fazer um musical onde temos que consiliar três artes: música, teatro e dança. Sendo assim, o diretor do musical, Vinícius contou com a ajuda de outras duas professoras. E ao final de todos os ensaios, tinhamos um trabalho bem feito e um grupo entrosado.
E o espetáculo ocorreu da melhor forma possível! O ginásio do colégio Dinâmico, onde acontece as apresentações, estava lotado. Não por adolescentes e vestibulandos como é de costume. Mas por crianças e principalmente adultos. E jovens como eu, que não perderam o gosto pela obra. Erros? Claro! "Até Mozart errava". E o que dirão de quatro jovens de 16 anos, cantando atuando e dançando com um coral que ensaiou pouco mais de 3 meses? Fico feliz e orgulhoso de todos nós. Pois todos nós sabemos a dificuldade de fazer um trabalho desse.
Fiquei muito orgulhoso da Galinha, pois apesar de ter uma voz muito boa e cantar bem, nunca havia estudado música. Não sabia nada de teoria e não sabia o que o Vinícius queria dizer quando falava "sobe um tom"; "vamos começar em Lá menor"; "você é uma contralto"; "faz uma oitava a cima". E além disse ela teve que cantar mais agudo do que é confortável pra ela. E apesar de estar no 3º ano e ter se afastado do teatro pra dedicar-se aos estudos, compareceu aos ensaios e trabalhou empenhada pra que saísse tudo bem no final.
A Gata sempre cantou bem e eu pago um paaaaaal pra voz dela. Mas como o musical é difícil, ela também sentiu as dificuldades de ter que cantar mais agudo e de ficar fazendo harmonia sempre. Cantar já é difiícil, cantar com outras pessoas então... Uma pena o microfone dela ter falhado na música mais conhecida e uma das mais bonitas da peça. Mas ela conseguiu cantar mais alto e contornar a situação.
Não tenho muito o que falar do Jumento né... Conheço ele há uns 5 anos e sempre foi um ótimo cantor e um excelente ator! E o mais capacitado para protagonizar e narrar o musical era ele. Não errou nada, e não deixou a desejar. Outro terceiro anista que se dedicou inegralmente a peça, nas vésperas do vestibular.
O coral, como já disse, no começo estava um pouco introvertido, cantando baixo e sem a descontração encessária da peça. Mas foi questão de tempo. E edaí se erraram a letra numa música? Não perderam a afinação e nem o sorriso! E estão de parabéns.
E o que eu posso dizer é que me surpreendi comigo mesmo. Estou quase na mesma situação da Galinha. Tive que cantar mais agudo do que custumo cantar e nunca fiz aula de música. Sei um pouco mais que ela por ter convivido com músicos. Mas tenho um ouvido péssimo e não é difícil pra eu errar o tom ou desafinar. Mas consegui afzer uma ótima peça, e fiz juz ao papel do cachorro, malando, agitado e bobão! O que posso dier é que desafinei duas vezes. Sendo que uma das vezes só o Davi, que conseguiu dissernir minha voz no meio de 19 pessoas, percebeu e falou que foi só uma semitonada desafinada. Tem gente que é chato mesmo.
E foi assim que terminou mais um ciclo de apresentação. No final o abraço dos amigos, o agradecimento, o carinho do público, as homenagens, fotos e o sorriso da certeza de um trabalho bem feito e gratificante. Não teríamos uma reapresentação no dia seguinte... Mas um dia quem sabe....?