terça-feira, 28 de agosto de 2007
classe média
quarta-feira, 15 de agosto de 2007
carta [3]
Espero que toda a chateação, raiva e decepção que você já teve em relação a mim, sirva hoje como um aprendizado para nós dois, recordando os bons e maus momentos e tomando-os como exemplo para que não repitamos nossos erros no futuro.
Hoje, vejo o quanto errei, mesmo tentando fazer o certo, e só percebi o quanto te fiz sofrer quando senti na pele tudo aquilo. Peço, aqui, minhas sinceras desculpas, nesta data que já nos foi tão importante e que, apesar de seguirmos caminhos diferentes, tenhamos boas lembranças de um período de nossa infância.
domingo, 12 de agosto de 2007
carta [2]
Olá, L.G,
Se você me perguntasse do que mais sinto falta, é de nossas conversas, percorrendo as madrugadas, deitados na rede, olhando a estrelez do céu e sentindo a gostosa brisa que vem do mar. E eu gostei de você, desde o dia em que te vi pela primeira vez! Gosto de deixar as coisas claras, e você sabia. Não sei se minha sensibilidade que te fez mulher ou se sua emoção me fez homem, entre mordiscadas, pausas, apuros e intervalos de 3 a 10 minutos de puro silêncio à luz de vela. Você até hoje não acredita quando eu falo que isso nunca havia me acontecido antes. Mas é bom você pensar que sim. Acho até melhor.
Me arrependo de ter sido tão criança quando você, talvez, precisou de mim. Na minha infame cabecinha, águas passadas de um verão na praia. E fiz algo que faço até hoje: fugi, menti, me escondi atrás de símbolos que, na verdade, todos sabem que não existem. Se houve um pedido de desculpas, foi nosso reencontro, tão curto e nostálgico, que me fez tão feliz.
Saudades,
Arthur Fleury
carta [1]
terça-feira, 7 de agosto de 2007
bandeiras
A partir disso, desbrave suas rotas e explore sua vida.
Mas tome cuidado para não fazer as escolhas erradas e andar para trás.
domingo, 5 de agosto de 2007
o caderno
Do primeiro rabisco até o beaba
Em todos os desenhos coloridos vou estar
A casa, a montanha, duas nuvens no céu
E um sol a sorrir no papel
Sou eu que vou ser seu colega,
Seus problemas ajudar a resolver
Sofrer também nas provas bimestrais junto a você
Serei sempre seu confidente fiel,
Se seu pranto molhar meu papel
Sou eu que vou ser seu amigo,
Vou lhe dar abrigo, se você quiser
Quando surgirem seus primeiros raios de mulher
A vida se abrirá num feroz carrossel
E você vai rasgar meu papel
O que está escrito em mim
Comigo ficará guardado, se lhe dá prazer
A vida segue sempre em frente, o que se há de fazer
Só peço a você um favor, se puder:
Não me esqueça num canto qualquer."
quarta-feira, 1 de agosto de 2007
do bem ou do mal?
Os voluntários foram divididos em quatro grupos: os que fumavam somente maconha, os que fumavam apenas tabaco, aqueles que fumavam ambas as substâncias e aqueles que não fumavam nenhuma delas.
Cada um dos participantes foi submetido a uma série de exames de tomodensitometria dos pulmões (um escaner de radiografias aliado a um computador) assim como a testes respiratórios.
"A principal descoberta é que um cigarro de maconha é similar a entre 2,5 e 5 cigarros de tabaco em termos de obstrução respiratória", frisaram os cientistas.
A equivalência é coerente com os níveis de carboxihemoglobina (forma de hemoglobina tóxica porque se associa ao monóxido de carbono e ao oxigênio) e de alcatrão, que são entre 3 e 5 vezes maiores em um cigarro de maconha do que em um normal.
O estudo também mostra que os fumantes de maconha produzem assobios ao respirar, tossem, e sofrem com pressão no peito e expectorações.
Além disso, o consumo de maconha causa uma degradação do funcionamento dos brônquios, com obstrução respiratória, fazendo com que os pulmões sejam obrigados a realizar um esforço maior.
Os cientistas constataram, no entanto, que o enfisema, uma doença pulmonar que pode evoluir para uma insuficiência respiratória crônica, aparece quase que exclusivamente apenas em fumantes de tabaco ou de ambas as substâncias, mas não naqueles que fumam apenas maconha.
Os pesquisadores ressaltaram que os efeitos da maconha sobre os pulmões se devem à forma como se fuma esta substância: sem filtro e com tragadas mais profundas e longas.
Segundo a revista Nature, o pesquisador Donald Abrams e sua equipe decidiram investigar os benefícios do "Vulcão", um vaporizador comercialmente disponível nos EUA. O aparelho esquenta as folhas de maconha a uma temperatura que fica entre 180ºC e 200ºC sem que aconteça combustão. Esse processo libera o THC (tetrahydrocannabinol), o princípio ativo da maconha, em forma de óleo na superfície das folhas.
Estudos anteriores mostraram que as toxinas maléficas liberadas quando a maconha é queimada, como o monóxido de carbono e substâncias cancerígenas, não são produzidas por esses aparelhos. O estudo de Abrams foi o primeiro a comparar em humanos os efeitos do ato de fumar e de vaporizar a cannabis. "A vaporização é capaz de entregar de forma mais rápida o THC no fluxo sanguíneo", disse.
A maconha é utilizada principalmente para aliviar as dores de pacientes de esclerose múltipla e no tratamento do glaucoma, além de estimular o apetite em pacientes com aids e diminuir as náuseas para pessoas em processo quimioterápico. No entanto, segundo os médicos, fumar não é um bom método de fornecimento da droga por causa dos seus efeitos maléficos - ela pode causar câncer de pulmão e doenças do coração.