quinta-feira, 31 de maio de 2007

pílula?

Eu preciso de mais tempo pra mim,
mas como se eu só existo ao lado teu?

terça-feira, 29 de maio de 2007

rabies

Ódio, raiva, antipatia, indiferença; e continuo sem saber a diferença entre esses termos.
Será que sinto um ódio verdadeiro por alguém? acho improvável...
Será que a raiva é tão efêmera quanto a felicidade? indubitável...
Será que a antipatia a primeira vista deve ser levada em consideração? certamente não...
Será que a indiferença é o mais sádico dos sentimentos? não há comparação.

Eu quis, quis, quis.
Mas não o fiz, não o fiz...
Chego a mesma conclusão de sempre: sou frouxo.
Acho que foi melhor pra nós dois; pra ela mais, pra mim menos.
Mas talvez, pensando melhor, tenha me feito bem.

e as mágoas? são efêmeras?

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Um texto polêmico

Estou carente, precisando chamar a atenção. Por isso decidi que escreveria um texto polêmico. Milhares de comentários no blog, a maioria insatisfeita, me xingando, me desqualificando, amaldiçoando a mim e as minhas próximas gerações, falando mal de minha mãe, de meus filhos e do meu cachorro, eu sei. Mas quem está carente não pode escolher. Tem de aceitar o que vier, contanto que venha. Mas como na maioria das coisas que eu faço, acho que não sei fazer direito. Imagine você, eu escrever um texto bem polêmico e ninguém se incomodar, ninguém querer me questionar, dizer que eu sou um idiota, um reacionário, um tolo, mal-informado, cafajeste. Não, não posso correr o risco de isso acontecer. Preciso de garantias. Preciso estar certo de ser execrado. Se você terminar este texto e não quiser cuspir na minha cara, eu terei falhado. Mais uma vez.
Porém, na contra-mão deste meu desejo de chamar a atenção tem a minha índole humanista que me impede de magoar alguém, pelo menos de caso pensado. Mas como é que eu vou causar polêmica sem magoar um punhado de gente? Eu quero chamar a atenção, mas eu quero que me amem, não que me odeiem. O que fazer, meu Deus?
Bem, a primeira idéia que me passou à cabeça foi consultar os especialistas na matéria para tentar absorver um pouco de suas experiências. Pensei primeiro na minha colega de Blônicas, a Milly Lacombe. Já falou mal do outro papa, da Igreja Católica, do Rogério Ceni e de mais uma porção de gente. No final achei melhor nem procurá-la. Vai que ela cisma de falar mal de mim.
Depois pensei no príncipe brasileiro das polêmicas, o Diogo Mainardi. Trabalhei alguns anos com o pai dele, descobri que ele estudou na mesma escola que meus filhos e também conheci o Caio Blinder (que compartilha com ele a bancada do programa Manhattan Connection). Mas o pai dele é um aloprado, a escola está falindo e o Caio ficou bestinha depois que ficou famoso, então não achei que meus canais seriam competentes para conseguir o contato.
A dura realidade é que eu teria que me virar sozinho. Mais uma vez. Vamos então analisar a situação. Para se gerar uma polêmica, basta você nadar contra a corrente. Escolher temas em que a grande maioria das pessoas já firmou posição em um dos lados da questão. Por exemplo: Papai Noel existe, Elvis está mesmo morto, existem políticos honestos, etc. Tá vendo? Nem para dar exemplos de temas polêmicos eu consigo. Mas vamos em frente. Vamos tentar. Não vamos desistir assim fácil.
Depois de refletir por dias e dias incontáveis, preparei uma lista de assuntos que eu acredito que me dariam uma audiência nada menos que extraordinária. Fiz a lista, mas não consegui desenvolver nenhum dos temas individualmente. Me faltou conteúdo. Foi aí que eu tomei a decisão que resolveu o meu problema. Se eu quero polemizar e garantir um debate acalorado e estimulante, vou usar a própria lista como tema. É como na roleta. Se você quer ganhar, não aposte tudo num número só. Divida suas fichas. Aqui vão as minhas:
- O Papa Bento XVI peida fedido (e fica cheirando dentro da batina)
- O Roberto Carlos dorme de meia (uma só)
- O José Serra passa himel nas olheiras
- Deus não é brasileiro e nunca veio aqui (acha que tem cobras e animais selvagens andando nas ruas)
- O George Bush tem pinto grande
- O Silvio Santos fez xixi nas calças quando era criança
- O Saddam Hussein era bom filho, bom pai e bom marido
- O Michael Jackson tem medo do escuro
- O Alemão do Big Brother não sabe qual é a Capital do Azerbaijão
- O Brad Pitt já broxou
- A Gisele Bundchen tem pêlo no nariz
- O Lula não sabe jogar xadrez
- O George Clooney arrota quando bebe Coca-Cola
- Quando a Monica Belucci vai ao banheiro, ninguém consegue entrar nos 15 minutos seguintes
- O Mac também dá pau
- O Tarcisio Meira já sentiu atração por outras mulheres
- O Marcelo D2 já experimentou leite
- A Ivete Sangalo tem CC
- O Evo Morales é mão de vaca
- O Osama Bin Laden não entende nada de futebol
- O Júnior (da Sandy) gosta de menininhas
- O Fernando Henrique já xingou alguém no trânsito
- O Faustão manda fazer furos extras em seus cintos (tanto no pessoal como no profissional)
- O Pânico na TV não é um programa confiável
- O Galvão Bueno colava nas provas
- A Rita Lee já ouviu pagode
- O Ronaldinho Gaúcho faz xixi e deixa a tampa da privada levantada
- A Fernanda Montenegro já pôs o dedo no nariz
- O William Bonner lê revistas de fofocas
- O Pelé já jogou papel no chão
- O Fidel Castro baixa músicas pela internet sem pagar
Bom, se você tiver mais algum tema explosivo para sugerir, fique a vontade. Mas não garanto que eu vá publicar. Este artigo provavelmente já vai me render uma quantidade de processos suficientes para uma vida. É, fazer o quê? Vida de polemista não é fácil.

Henrique Szklo

tão fácil

Vem que passa
Teu sofrer.
Se todo mundo sambasse
Seria tão fácil viver...

E essa semana?
Assuntos a resolver e saudades a saciar.

sábado, 26 de maio de 2007

glebas

Parte de mim está muito feliz.
Parte de mim está muito indecisa.
Parte de mim está triste.

Bastou vê-los naquela esquina, pra sentir a ausência.
Eu nao iria pra lá. Mas queria estar lá.
Queria ser lembrado.
Queria-os de volta.

o frio

Não entendo porque tantas pessoas associam o frio à tristeza.
Adoro frio.
A melhor sensação do mundo é se agasalhar e se sentir confortável. Ficar mais pertinho dos seus amigos pra se esquentar com o calor humano.
Tem coisa melhor do q assistir filme debaixo das cobertas comendo pipoca?

Em climas frios todo mundos e arruma bem. Todos ficam bonitos.
O frio aproxima as pessoas.
É bom sentir aquele calafrio gostoso, mesmo usando blusas de frio.
Aquele friozinho que nao chega a incomodar.

Pena que foi pouco mais que dois dias. O calor voltou.
Mas um dia eu hei de viver em um lugar frio, em que a temperatura média seja de 10 a 15ºC, e que o céu seja nublado.
Um lugar onde eu serei feliz. Espero.

sexta-feira, 25 de maio de 2007

amador

Às vezes não sei se gosto ou não de escrever.
Se sei ou não escrever. Se escrevo bem ou mal.
Eu sei que já senti necessidade, vontade, e foi por isso que criei este blog no final do ano passado.
Passados alguns problemas acabei abandonando, este, que por muitas vezes me acolheu quando estava a beira de me explodir por desabafos.
É, realmente não sei se gosto de escrever.
Parece tão difícil, mas quando você escreve é tão fácil...
E a gente nunca sabe se tá ficando bom, se tá ficando bonito.
Na verdade a gente nunca gosta do que escreve.
Os outros elogiam, falam que a gente escreve bem.
Mas não, a gente geralmente acha que sempre podemos escrever melhor.
E por isso continuamos escrevendo.
É, na verdade acho que eu gosto de escrever, mas tento me inibir.
Talvez por sempre achar que meus textos ficam ruins ou porque acho que os textos dos outros são bem melhores que os meus.

Eu gosto de escrever e acho que já estava sentindo falta.
Acabei me ocupando de mais com as obrigações deste ano.

Mas eis que você me renovou a vontade de escrever.
E vou tentar sempre voltar aqui pra escrever alguma coisa.
sempre que eu puder, sempre que tiver vontade.
Sim, eu acho que sim. Eu gosto de escrever.

* Me sinto bem essa semana. É bom você chutar o balde n'uma semana em que tudo parece corrido.
Assistir filmes. Amigos. Receber ligações.

terça-feira, 22 de maio de 2007

Olhos não se compram

Do cinema lindo & phoda de existir e de como uma mulher pode encantar nos detalhes de nós dois. Quando ela pede pra gente virar os olhos ou fechá-los bem fechados. Só enquanto troca a calcinha, vupt, o barulhinho do elástico, mesmo com toda intimidade desse mundo, às vezes intimidade de anos, vale, vale. Só enquanto troca o sutiã, biquíni, parte de cima, ajeita a parte de baixo, areia do doce balanço da beira dos mares, só enquanto tira uma toalha do banho, primeira viagem, só enquanto está lindamente menstruada e quer guardar-se, embora saiba que atravessamos com amor e gosto todo o seu mar vermelho e ainda mais mares aparecessem a cada mês. “Feche os olhos”, diz. “Vira o rosto”, safadeza-se, diva sob seguras telhas. Só para manter o suspense do cinesmascope debaixo do mesmo teto. “Pronto, pode olhar”. Ai ela ressurge mais linda ainda, cabelinhos molhados, com aqueles cremes todos da Lancôme ou com simples sabonetes Dove ou aqueles de nove em cada dez estrelas de Hollywood, Lux, deluxe, eu morro nesses lapsos de tempo, elipses do desejo, frações de segundo que são eternas de olhos fechados para quem meus olhos na terra, que há de comê-los inté os aros dos óculos e as safenas, mais abriram e justificaram seu brilho castanho mesmo em dias de torpor e existência de pára-brisas lusco-fusco.
Xico Sá.
Voltei :*