terça-feira, 30 de outubro de 2007

sincronia do fim

Amou daquela vez
Como se fosse a última
Beijou sua mulher
Como se fosse a última
E cada filho seu
Como se fosse o único
E atravessou a rua
Com seu passo tímido
Subiu a construção
Como se fosse máquina
Ergueu no patamar
Quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo
Num desenho mágico
Seus olhos embotados
De cimento e lágrima
Sentou prá descansar
Como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz
Como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou
Como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou
Como se ouvisse música
E tropeçou no céu
Como se fosse um bêbado
E flutuou no ar
Como se fosse um pássaro
E se acabou no chão
Feito um pacote flácido
Agonizou no meio
Do passeio público
Morreu na contramão
Atrapalhando o tráfego...

Amou sua família
Amou sua vida
Subiu a construção como se fosse íntimo
Flutuou no ar como se fosse o último
E se acabou no meio do passeio público.

*Ontem, enquanto o coral do meu colégio ensaiava a música "Construção", um jovem suicidou-se pulando de um prédio em construção (prédio esse muito próximo do meu colégio).
Uma triste coincidência.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Leite com Toddy

"Confesso que não como pão, nem bolacha, nem qualquer outra coisa. De manhã, tomo tão-somente a caneca com o achocolatado Toddy (que é, por sinal, muito melhor do que Nescau). Ele anima o meu dia, revitalizando-me, tirando a minha condição de zumbi que foi escandalosamente acordado. É a essência humana e 80kcal todos os dias, sempre no mesmo pote marrom, de embalagem e tampa amarelos. Fonte de 7 vitaminas. Tesão de gostoso."
JPG
É isso aí! O novo blog da para está prometendo e veio com força total.
Cinco pessoas que gostam de refletir sobre suas próprias atitudes e da sociedade em que vivem resolvem unir-se para escrever sobre o comportamento do homem moderno (na sociedade, na família e no grupo de amigos), compartilhando de sua spróprias experiências e pensamentos.
Não deixem de visitar:

domingo, 28 de outubro de 2007

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

algo que não me fez bem

Estou com uma estranha sensação de ter comido algo que não me fez bem. Uma acidez estranha na região gastro-intestinal. Já repensei tudo que ingeri hoje:
bolacha passatempo recheada;
arroz, feijão, batata e quibe;
batata ruffles;
esfirra e quibe frito.
Não é o melhor cardápio do mundo, eu sei. Principalmente pra uma pessoa que tenta (bem de longe) emagrecer. Acho que esses últimos foram mais determinantes no meu mal-estar atual. Talvez ajude se eu tomar um sal-de-frutas.

NaHCO3 + HCl ----> NaCl + H2O + CO2

vestibular chegando....

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

a máquina de rótulos

Tenho que confessar que não tenho o hábito de ler muitos blogs nas horas vagas. Até queria ler, mas é difícil (por isso não há tantos leitores aqui). Mas sempre que possível leio os dos amigos. E devo fazer aqui, é claro, uma propagandinha do Teoria das Cordas , blog em que escrevo também.
O caso é que ontem estava lendo o blog do João e não posso deixar de comentar aqui algumas coisas que ele disse.
O texto dele tratava sobre conhecer as pessoas. Aquelas pessoas que você sempre vê, mas nunca teve, talvez, a oportunidade de conversar. Pessoas que estão no mesmo lugar que você. Na escola, no trabalho, nos shows, nas festas. Como meu amigo João disse, inevitavelmente, taxamos, classificamos e montamos todo um suposto histórico desse indivíduo em nossa cabecinha. O que é muito ruim, pois podemos estar esfericamente enganados. Mas disso eu falo depois.
O João Paulo disse que sabemos muito de muita gente, mas que mesmo assim, não temos idéia do quanto sabemos. Interpretei isso como se, na verdade, não soubéssemos nada. Convivi cerca de dois anos com um colega numa mesma sala de aula. Ele sempre foi classificado como "estranho". Sentava-se sempre na primeira carteira, "dormia em pé", matava três aulas por semana, sempre tirava notas boas e sempre que tentávamos conversar com ele, fazia questão de fechar os canais, dando respostas secas e monossilábicas e cortando nosso assunto. O que pensar de uma pessoa dessas? Imaginávamos mil coisas! Tentávamos imaginá-lo em sua casa. Será que ele mantinha com seus familiares a mesma relação que mantinha com a gente? Eu, sinceramente, não duvido!
Mas quem somos nós para querer saber da vida dele? Não éramos amigos dele. E no fundo acho que nem queríamos ser. Só não queríamos parecer grossos para com ele, caso este, de fato, tivesse algum problema, ou sabe-se lá o que. - A verdade do ser humano é essa: muitas vezes agimos de uma determinada forma para não sermos mal vistos pelos outros. Para não parecermos rudes e insensíveis, quando na verdade nossos pensamentos e sentimentos são outros. Eu mesmo faço muito isso, por mais que eu tente ser sincero.
No texto do João há mais dois tópicos (que convergem para um só) que queria citar aqui. Ele falou sobre quando conhecemos melhor uma pessoa e descobrimos que erramos feio sobre ela. Citou como exemplo um amigo dele, o Bruno. Achei engraçado porque muitas vezes o João olhou pra mim, sorriu e disse: "nossa, você parece demais com o Bruno!".
"Ah é? E como é esse Bruno?"
"Ah, ele é gordão e...."
"Ah, pode parar por aí! Hehehehe"
"Mas é mais no jeito, sabe? As gracinhas, o jeito de rir. Me lembra demais"
E não posso negar que fiquei com muita vontade de conhecer esse tal de Bruno, que, antes mesmo de vê-lo, já sinto uma enorme simpatia por ele.
(voltando ao assunto)O fato é que diversas vezes isso aconteceu comigo. Criei uma imagem negativa de uma pessoa em minha cabeça e diversas vezes quebrei a cara. No meu antigo colégio por exemplo, onde estudei do pré à 8ª série(hoje 9ª série, mas nunca entendi o porquê); sempre fui da turma "A" e, por algum motivo, tínhamos uma rivalidade histórica com a turma "B". Nunca gostei muito das pesoas daquele colégio. Achava-os um bando de playboyzinho que só queria se drogar e inflamar. Eu gostava só da minha turma, por coincidência, a que não tinha nenhum playboy(tinha, na verdade, dois ou três, mas esses eram suportáveis). Achava o restante do colégio um saco!
Por ter preconceito com a turma "B", pus na minha cabeça que todos naquela sala eram iguais. Não queria misturar-me com nenhum deles. Não queria conversar com nenhum deles. Mas o destino sempre prega algumas peças na gente. Um deles, o qual eu realmente nunca havia trocado uma palavra sequer, é primo da Déborah, garota qual tornaria-se minha melhor amiga um ano depois. Tinha aversão a ele. E acho que ele sentia, pois parecia ser recíproco. Mas um belo dia tivemos que passar uma tarde juntos, num piquenique de amigos no qual acabamos jogando vôlei juntos e percebi que ele, a primeira vista, não era nada daquilo que eu pensava.
Ao longo do tempo perdi todo o meu acanhamento e passei a perceber a pessoa maravilhosa que ele era. Hoje tenho muito carinho por ele, mesmo não sendo tão íntimo. Enxergo nele uma pessoa super sincera, que eu quero ter sempre por perto. E isso repetiu-se outras vezes e percebi o quanto é ruim julgar uma pessoa. Pior é pensar que podem nos julgar também e, sem ao menos nos conhecerem, falar mal de nós para outras pessoas. Vê se pode! O homem é capaz de inventar coisas só porque "não foi com a cara de alguém".
E, após um dos maiores textos já publicados no blog da Perestroika, chego a duas conclusões:
- O João Paulo tem a capacidade de explorar alguns assuntos realmente interessantes sobre o comportamento humano, e é muito bom refletir sobre eles.
- Será necessário muitas tardes, noites e madrugadas de reflexão para compreender ao menos 1/4 desse bicho estranho chamado homem.


**não deixem de acessar:
http://blogdojoao.wordpress.com/
http://espelhocasual.blogspot.com/
http://teoriadascordas.blogspot.com/

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

diálogo no MSN

_O que é música pra você?
Música é uma melodia ritmada em um certo compasso com ou sem técnicas vocais e letras. Mas pra mim não.
Música é muito além disso. A música é o reflexo disfarçado da personalidade de um indivíduo. Estão intimamente relacionadas. É uma visão meio radical, mas é o que eu penso.
_Me explica melhor.
Ah, isso é complexo. Basicamente, quando alguém compõe uma música, está escrevendo ali seus sentimentos, ideologias e pensamentos numa melodia que lhe agrada. Quando alguém se identifica com a música, aceita ou concorda com as idéias e sentimentos ali contidos. Querendo ou não, as personalidades do compositor e dos apreciadores da música são próximas.
Observe! Pessoas agitadas gostam de músicas agitadas, pessoas calmas gostam de músicas calmas.
_Ah, não sei se eu concordo com isso. Meu pai, por exemplo, é uma pessoa bem agitada mas gosta de músicas calmas.
Pois é. É mais complexo que isso. As pessoas agitadas, quando querem relaxar, ouvem músicas melodiosas e tranqüilas e vice versa. Eu disse anteriormente que a música é um reflexo disfarçado, pois reflete também o humor instantâneo da pessoa, bem como o seu ânimo.
E tem mais. Uma pessoa, por exemplo, com uma personalidade pouco expressiva gosta de músicas "pouco inteligentes", ou diz-se "eclética", ou não é muito ligada à música. Já uma pessoa interessante, tem um gosto musical mais rebuscado e diversificado.
Na verdade, as artes em geral são maneiras de expressar ou exaltar os sentimentos e idéias de forma metafórica, de modo que as pessoas, para captarem a mensagem, devem ter um mínimo raciocínio lógico. Por esses e outros motivos que eu defino a música e todas as outras artes(pintura, teatro, dança...) como um reflexo da personalidade, tanto do autor, como do espectador, e acredito que é possível conhecer muito sobre a personalidade de uma pessoa sabendo as músicas que ela costuma ouvir.
Entendeu?

A mensagem a seguir não pôde ser entregue a todos os destinatários:

**Esse texto não representa o diálogo
real, mas sim uma adaptação após
uma reflexão sobre o assunto discutido.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

mudança

As mudanças mais bruscas são as piores.
São aquelas que nos fazem sofrer aos poucos.

domingo, 21 de outubro de 2007

termômetro temporal

14:30 - fervendo (-)
15:10 - fervendo (-)
15:35 - frio
16:00 - morno
18:22 - fervendo (+)

see ya =*

sábado, 20 de outubro de 2007

Reebok no Ártico

Psarpo...
itolir arre. pude arre!
Mour dair lesminmolpo ercanim olpso bem o suam. Hejo, om ortocain, umi hesi birpeu pisi icibis cem mou dai.
Líe roa pesquo orpeu orcsevolde om cédage.
Iche quo õ do vosgelhi.
pemisi quo imilhí pude orpoji monhes!

Líe quose posmalis!

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

relatos de um dia mais ou menos

Típico dia mais ou menos.
Acordei ruim, não sei por quê.
mas [...].
Acho que melhorei depois. Mais uma vez dormi a tarde.
Meus dias não estão sendo tão produtivos quanto deveriam.
e o dia se aproxima. Um mês.
argh.

Estudar estudar estudar.
e ainda tem prova este sábado. que bela bosta!

ainda bem que amanhã tende a ser um dia diferente.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

medo

[...]

espero que não.
espero...
vou deixar acontecer.

...medo...

domingo, 14 de outubro de 2007

pééééééssimo!

Argh! Odeio quando não consigo estudar para a prova. Deixar questões em branco é a coisa mais deprimente que se pode haver!

Mas além de uma péssima prova e preocupações com a nota, houve também coisas boas no dia de hoje. dois aniversários de amigos quase maternais. Além disso teve macarrão e amigos de brasília.

Não sei se estou muito afim de escrever hoje. Tá ficando uma bosta.

saudade**

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

dia dos adultos

Tenho certeza que não é só comigo. Quando olho pra trás, pra minha infância, sinto que fiz tudo que devia ter feito. Brinquei, corri, machuquei-me, chorei, criancei.
Às vezes pensamos que é a melhor época da vida. Sem responsabilidades, sem horários, sem coerções que nos moldam mais um boneco de corda nesta sociedade. Não penso que foi a melhor época de minha vida. Mas acho que foi uma época bem concluída.
E que adulto não sente falta da criança em si? Não há um empresário engravatado que não desacelera o caminhar ao passar em frente a criançada que joga bola. Não há uma juíza bem sucedida que não se lembra do nome de suas bonecas. Nem mesmo o desempregado esquece de sua infância, quando, sem preocupar-se com o futuro, jogava bete o dia todo com o cabo de vassoura da avó e uma bola de meia. Mas lamento os que não tiveram infância. Nasceram, cresceram e antes mesmo de pegarem num carrinho, já tinham que sair às ruas pra conseguir alguns trocados pra família. Lavar pára-brisa de carro, engraxar sapato e vender amendoim tomam o lugar das brincadeiras, rodas, parquinhos, nos quais conhecemos nosso corpo, nossas habilidades e a forma de interagirmos com o mundo.
A criança é uma das imagens mais simbólicas que existe, acho que pela inocência e sinceridade. Não podemos perder esse pedacinho de bondade que temos dentro de nós. Por isso todos os adultos, idosos, jovens e adolescentes devemos celebrar o dia de hoje como nosso, para tentarmos sempre manter acesa essa pequena lembrança em nosso peito.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

recomeçando (mas não do zero)

É uma grande dúvida pra nós. Recomeçar de onde? do 8? do 22? do 57? O importante é recomeçar num ritmo melhor do que você parou. E espero que assim seja. O mundo dá voltas e não podemos ir na contra-mão. O vestibular está aí e agora preciso estudar.Será mesmo que eu vou estudar? Espero que sim. Mas além disso....

Estou começando a sentir falta dos feriados... o jeito é aproveitar o sábado.

[...]

inscrição.inscrição.inscrição.inscrição. preciso de uma impressora!!! aaaaahhhhh!!