quarta-feira, 8 de novembro de 2006

um dia de cão

Há mais ou menos dois anos eu comecei a me identificar com as atividades teatrais, porém venho exercendo integralmente apenas há um ano. E ontem eu pude pela primeira vez protagonizar uma peça, na verdade um musical: OS SALTIMBANCOS. Fiquei muito feliz desde que fui convidado a participar, pois é uma das obras infantis que mais apreciei durante minha infância e até hoje aprecio. A história dos quatro animais, o Jumento, o Cachorro, a Galinha e a Gata não é só mais uma história de bichinhos pra alegrar as crianças. É uma obra cheia de metáforas sócio-políticas que agrada a pessoas de todas as idades de uma forma quase inocente e bem humorada.
Foi bom trabalhar com um número reduzido de pessoas, já que a peça envolvia apenas os quatro protagonistas animais e o coral(+/- quinze pessoas). Os quatro animais parece que foram escolhidos a dedo, como disse a tecladista Elza, pois foi incrível o tanto que ficou bem representado e caracterizado cada personagem. Foi bom trabalhar canda ensaio. Cada ensaio cheio de piadas, momentos divertidos, momentos sérios, broncas e risadas. Fiz novas amizades e recordei antigas durante o mês que ensaiei junto ao grupo.
Os solistas já tinham uma intimidade com o palco tendo em vista que todos fazem ou fizeram teatro. Algumas pessoas do coral, não se sentiram totalemnte seguros no começo. Foi difícil fazer todos se desonctraírem no ritmo dos animais. O mais difícil foi fazer eles pararem de assistir e estar na cena! Mas nada que a dedicação dos ensaios não tenha resolvido. Ensaios cansativos de duas horas ou mais de duração... Era coisa de louco. Mas também é muito difícil fazer um musical onde temos que consiliar três artes: música, teatro e dança. Sendo assim, o diretor do musical, Vinícius contou com a ajuda de outras duas professoras. E ao final de todos os ensaios, tinhamos um trabalho bem feito e um grupo entrosado.
E o espetáculo ocorreu da melhor forma possível! O ginásio do colégio Dinâmico, onde acontece as apresentações, estava lotado. Não por adolescentes e vestibulandos como é de costume. Mas por crianças e principalmente adultos. E jovens como eu, que não perderam o gosto pela obra. Erros? Claro! "Até Mozart errava". E o que dirão de quatro jovens de 16 anos, cantando atuando e dançando com um coral que ensaiou pouco mais de 3 meses? Fico feliz e orgulhoso de todos nós. Pois todos nós sabemos a dificuldade de fazer um trabalho desse.
Fiquei muito orgulhoso da Galinha, pois apesar de ter uma voz muito boa e cantar bem, nunca havia estudado música. Não sabia nada de teoria e não sabia o que o Vinícius queria dizer quando falava "sobe um tom"; "vamos começar em Lá menor"; "você é uma contralto"; "faz uma oitava a cima". E além disse ela teve que cantar mais agudo do que é confortável pra ela. E apesar de estar no 3º ano e ter se afastado do teatro pra dedicar-se aos estudos, compareceu aos ensaios e trabalhou empenhada pra que saísse tudo bem no final.
A Gata sempre cantou bem e eu pago um paaaaaal pra voz dela. Mas como o musical é difícil, ela também sentiu as dificuldades de ter que cantar mais agudo e de ficar fazendo harmonia sempre. Cantar já é difiícil, cantar com outras pessoas então... Uma pena o microfone dela ter falhado na música mais conhecida e uma das mais bonitas da peça. Mas ela conseguiu cantar mais alto e contornar a situação.
Não tenho muito o que falar do Jumento né... Conheço ele há uns 5 anos e sempre foi um ótimo cantor e um excelente ator! E o mais capacitado para protagonizar e narrar o musical era ele. Não errou nada, e não deixou a desejar. Outro terceiro anista que se dedicou inegralmente a peça, nas vésperas do vestibular.
O coral, como já disse, no começo estava um pouco introvertido, cantando baixo e sem a descontração encessária da peça. Mas foi questão de tempo. E edaí se erraram a letra numa música? Não perderam a afinação e nem o sorriso! E estão de parabéns.
E o que eu posso dizer é que me surpreendi comigo mesmo. Estou quase na mesma situação da Galinha. Tive que cantar mais agudo do que custumo cantar e nunca fiz aula de música. Sei um pouco mais que ela por ter convivido com músicos. Mas tenho um ouvido péssimo e não é difícil pra eu errar o tom ou desafinar. Mas consegui afzer uma ótima peça, e fiz juz ao papel do cachorro, malando, agitado e bobão! O que posso dier é que desafinei duas vezes. Sendo que uma das vezes só o Davi, que conseguiu dissernir minha voz no meio de 19 pessoas, percebeu e falou que foi só uma semitonada desafinada. Tem gente que é chato mesmo.
E foi assim que terminou mais um ciclo de apresentação. No final o abraço dos amigos, o agradecimento, o carinho do público, as homenagens, fotos e o sorriso da certeza de um trabalho bem feito e gratificante. Não teríamos uma reapresentação no dia seguinte... Mas um dia quem sabe....?

3 comentários:

Anônimo disse...

olha só, eu num sabo mas se tiver outro eu vejo denovo, pq foi gracinha demaaaaaaaais.
e eu fiquei toooda orgulhosa de vc. ;)

Anônimo disse...

"Mas tenho um ouvido péssimo e não é difícil pra mim errar o tom ou desafinar"
tipo.. 'pra eu' saca? fihsafdioaht
sou chato que nem o davi..
mas é verdade, foi lindo mesmo x)

Anônimo disse...

amigo,voce escreve super bem,de verdade bem verdadeira!o texto ta otimo,sua descricao perfeita!e eu ate ouvi sua voz,me contado cada detalhe!quero ver mais fotos!e de verdade,eu queria os nomes!saber quem foi quem!e se tivesse um videozinho,uma pedacinho!e quem sabe,voce com outros personagens,nao fazem de novo no ano que vem?eu ia adorar,de verdade!eu sinto uma falta imensa de teatro na minha vida,aqui!entao,um mega beijo,te adoro muito!